18.12.11

Diário de Campo: Entrevista com Dona Elvira


Na tarde de sábado do dia 02 de julho os alunos Dilma Oliveira, Felipe Saraçol, Isadora Rodrigues, Janice Godoy, Jean Vargas, Mateus Moreira, Neuza Fagundes, Renan Silveira, Rovena Ramos integrantes do projeto “Memórias da Praça das Carretas, juntamente com o professor Lisandro Lucas de Lima Moura (Sociologia), encontraram-se às 15h na praça das Carretas com o objetivo de recolher depoimentos de pessoas que moram nas redondezas da praça e identificar, na simplicidade do convívio da vida daqueles pessoas com a praça, aspectos históricos e culturais dos bageenses.
A maior preocupação do grupo em relação à entrevista foi sobre as perguntas que seriam feitas aos entrevistados, afinal, não queríamos perguntas convencionais, queríamos perguntas simples, não queríamos os grandes acontecimentos e sim histórias simples conhecidas e vividas pelos próprios entrevistados, coisas próximas do povo. Escolhido as perguntas, pedimos sugestões a Isadora, moradora também das voltas da praça, quem seria um bom entrevistado. A primeira sugestão dela foi o guarda da praça, que afinal, a sugestão foi visto por todos como a mais adequada, porque quem melhor para contar historia de um local do que alguém que cuida deste local?! Então depois de decido de quem entrevistaríamos nos dirigimos à casa do guarda.
Logo que avistamos a casa encontramos José Carlos Gonçalves, o guarda noturno, mais conhecido nas redondezas como “Chiquito”, bem na porta de sua casa. Logo que nos apresentamos e dissemos o motivo por estarmos ali, houve uma certa resistência por parte de seu Chiquito, então começamos a pedir sugestões de quem poderia oferecer uma entrevista de historias ricas sobre a praça, e como de quem não quer nada começamos a fazer perguntas a ele e como já era de se esperar, historias interessantes começaram a surgir. Depois de um pouco mais de “prosa” perguntamos onde ele morava e para nossa surpresa nos indicou uma casa diferente da qual nos o encontramos, e disse que a casa da qual nos encontrávamos bem em frente era de sua mãe e sem muita cerimônia nos apresentou donaElvira Gonçalves da Silva, mas dizendo de antemão: “não da bola que minha mãe é meio grossa”. E que erro de seu chiquito ao se dirigir assim a sua mãe, uma senhora que nos recebeu em sua casa de beijos, abraços e um sorriso no rosto, como se fôssemos amigos de longa data.
Quando começamos a fazer a entrevista com dona Elvira vimos que o que faríamos de fato não era entrevistar dona Elvira e sim conversar com dona Elvira, que nos mostrou como era diferente sua vida quando a praça das Carretas recebia atenção do povo de Bagé e de seus governantes. Contou historias interessantes dequando ocorria um evento muito importante como a “Semana Farroupilha”. Contou-nos um pouco de sua família, sua vida e nos mostrou sua casa. Depois de uma longa conversa, tiramos algumas fotos e nos despedimos novamente com beijos e abraços.
Depois que saímos da casa de dona Elvira seguimos a procura de outro morador que se propusesse a fazer outra entrevista. Seguimos as sugestões de dona Elvira e seu Chiquito e procuramos outra moradora das redondezas da praça, mas infelizmente ela não quis nos atender porque estava muito frio na rua. Diferentemente da dona Elvira, essa moradora não nos convidou a entrar em sua casa. Depois fomos a procura de seu Lauro, um senhor que trabalha com fretes na praça e também frequentador da praça das Carretas. Procuramos ele no ponto em que prestava serviço, mas não encontramos ninguém, então vimos um outro senhor que também trabalhava com frete. Pedimos informação a este senhor, que nos disse que já fazia semanas ele não aparecia na praça.
Em seguida nos reunimos na praça e dividimos as pesquisas. E por volta das 17:00 fomos embora. 



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